Um mercado que vai dobrar até 2027
Tamanho e Impacto
Segundo um estudo recente da GlobalData thredUP Resale 2023 sobre o mercado de itens de segunda mão, os dados são extremamente otimistas. Pela primeira vez se viu um progresso significativo e real para estimular a Moda Circular. Revenda de itens de segunda mão estão crescendo mundialmente com grandes varejistas adotando modelos de negócios sustentáveis. Para o consumidor final, o “preço” ainda é o motivador chave de produtos de segunda mão. Para as grandes marcas, mudanças climáticas foram determinantes para a necessidade de reduzir o impacto da moda no meio ambiente.
A previsão é que em 10 anos, 2 em cada 5 peças no armário da Geração Z sejam de segunda mão. O estudo projeta que o mercado de Revenda represente o segundo maior market-share nas opções de varejo, só atrás das Lojas Off-Prices. Nos Estados Unidos, este tipo de varejista é mais conhecido do que no Brasil. Aqui são mais conhecidas como Multimarcas que vendem coleções passadas a preços mais baixos. O segundo maior crescimento, será de marcas que vendem direto ao consumidor, crescendo de 4% para 12%. Enquanto isso, as lojas de departamento devem diminuir de 20% de market share para apenas 5% em 10 anos. Fast Fashion que hoje representa 9%, deve se manter.
De acordo com o estudo, nos EUA, 52% dos consumidores compraram itens de segunda mão em 2022. No Brasil, foi feito um estudo — conduzido este ano pela Reds Research com 500 pessoas no Brasil — para saber como as mudanças climáticas têm afetado o consumo. A grande maioria dos brasileiros(77%), confirmam que as mudanças climáticas mudaram a forma de consumir.
Embora vestuário seja uma das indústrias mais poluentes do mundo, roupas, entre as categorias estudadas, são as que menos geraram alguma alteração efetiva na forma de consumir.
Entre as mudanças nos hábitos dos consumidores, 37% considera que compram menos roupas e 15% — compram em bazares ou brechós enquanto 16% vendem ou trocam em plataformas/ grupos.
No Brasil, o mercado de segunda mão é menos popular que nos Estados Unidos, mas ganha relevância, principalmente entre as mulheres, que são a maioria. Hoje apenas 18% compra em brechós, bazares ou troca em plataformas/grupos.
Outra curiosidade é que a classe A + B1 é a que mais têm optado pela compra de itens de segunda mão. Oferta de produtos de marca e novos canais e plataformas de venda podem ter motivado este incremento.
Impacto no Meio Ambiente
De acordo com o estudo, a compra e venda de roupas de segunda mão representa uma redução de 25% de emissão de carbono.
A pesquisa da Reds indicou que 67% dos entrevistados consideram que são as marcas que devem ter iniciativas ESG, como plantar árvores e oferecer alternativas sustentáveis para seus consumidores.
O estudo da Globaldata feito também com grandes varejistas, aponta mais de 100 grandes varejistas que já estão atuando em ações ESG. São marcas que lançaram suas plataformas para compra e venda de ítens usados.
O mercado de revenda tem potencial de reduzir a produção da Moda
A indústria de vestuário tem um excesso de produção com mais de de 100 bilhões de peças que são produzidas globalmente todo ano, para uma população de 8 bilhões de habitantes.
Nos Estados Unidos, os consumidores compraram 1,4 bilhões de itens de segunda mão em 2022, que normalmente comprariam novos. Isso significa um aumento de 41% de 2021 para 2022.
No estudo, mais de 1/3 dos grandes varejistas confirmaram que se o mercado de revenda se provar rentável, eles vão reduzir a produção de novos produtos.
Se os varejistas deixassem de produzir o número de peças compradas em segunda mão, poderíamos reduzir a produção em 8% até 2027.
Sustentabilidade, Receita e Lealdade são os maiores benefícios da Revenda
De acordo com este estudo, foram mapeadas 3 razões para varejistas entrarem no mercado de revenda:
- Aquisição de novos clientes
- Ser mais sustentáveis
- Direcionar a demanda
Após entrarem neste mercado, identificaram 3 benefícios:
- Aumento de sustentabilidade — em mais de 9% da expectativa
- Aumento de Receita em mais de 9% da expectativa
- Aumento de fidelidade da Marca em mais de 28% da expectativa
Varejistas vêem a Revenda como uma iniciativa estratégica necessária para o crescimento do negócio
- Mais de 50% dos varejistas que oferecem programas de revenda dizem que esta iniciativa é uma das ações que mais atrai mais atenção do board de Diretores
- 45% dos executivos nesta indústria dizem estar satisfazendo a demanda em relação a ESG.
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Fontes: